Quarta, 19 de Março de 2025
22°C 31°C
Parintins, AM
Publicidade

Ladrões de sonhos

De acordo com Roberts, são aquelas pessoas que “vão dizer que você está louco e que seus projetos não vão dar certo. Haverá também aqueles que vão rir de você, tentando puxá-lo para baixo”.

Redação
Por: Redação
05/07/2021 às 06h53
Ladrões de sonhos
Fotos: Reprodução da Internet

 

Quando crianças, se nos perguntássemos o que queríamos ser quando crescêssemos, as respostas seriam variadas e possivelmente influenciadas pelas profissões de nossos pais ou de personagens (reais ou fictícios) da TV.

Eu mesma já quis ser pianista após escutar inúmeras vezes discos de Richard Clayderman (grande pianista da minha época que muitos não devem conhecer... então podem pesquisar no amigo google); quis ser bailarina após assistir espetáculos que passavam na TV Cultura, com Mikhail Baryshnikov e Margot Fonteyn (de novo, vão lá no google...); e também quis ser professora de inglês, depois de conhecer a revista Letras traduzidas (publicação mensal com músicas estrangeiras e sua tradução).

Quando criança, ao compartilharmos nossos sonhos – muitos inusitados, é verdade –, os adultos sorriem... incentivam... dizem até que podemos voar... que somos capazes de fazer o que quisermos.

Mas vem então a vida adulta, e com ela os limites que colocamos em nossos sonhos, influenciados por outras pessoas e por nossas próprias mentes. Aí nossos projetos vão parecer grandes demais... ambiciosos demais... e surgem ao nosso lado aqueles que Monty Roberts, autor do livro O homem que ouve cavalos, chama de “ladrões de sonhos”.

De acordo com Roberts, são aquelas pessoas que “vão dizer que você está louco e que seus projetos não vão dar certo. Haverá também aqueles que vão rir de você, tentando puxá-lo para baixo”.

Ouvimos conselhos do tipo: “não fique perto de pessoas assim. Elas drenam sua energia...”. Mas, em vez de olhar para o outro, minha sugestão nesse texto é fazermos uma avaliação e nos perguntarmos: somos nós, ladrões de sonhos de alguém?

Quando um amigo, colega, um aluno, um familiar nos confia seus planos, o que fazemos? Os incentivamos a buscar o que desejam, ou a gente simplesmente joga terra nas palavras deles, antes mesmo que possam terminar a frase?

Conseguem imaginar como deve ser para alguém, que chega tão empolgado, confiando seus sonhos, quando a gente oferece em troca apenas descrédito e falta de apoio? Se nos colocarmos no lugar da pessoa, antes falarmos qualquer coisa, tenho certeza que vamos repensar nossas palavras.

Agora para nós que temos por perto “ladrões de sonhos”, o conselho é: ouça mais sua voz do que a voz dos outros, não importa quem seja. Só o tempo, e nosso empenho, pode garantir a realização dos nossos sonhos. Foi assim com homens e mulheres que fizeram grandes realizações, como J.K. Rowling, Elvis Presley, Walt Disney, Albert Einstein, Michael Jordan, Stephen King, Steve Jobs, Amelia Earhart, entre tantos outros. Ao lermos suas biografias, percebemos quantos “ladrões de sonhos” havia por perto, e mesmo assim eles seguiram em frente.

A gente não precisa inventar algo grande (tudo bem, se esse for seu sonho!), só precisamos apoiar o sonho dos outros e nos mantermos firmes no nosso.

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lenium - Criar site de notícias