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Hixkaryana: história e cultura indígena em Nhamundá.

Trata-se, na realidade, de um catálogo, impresso com os recursos dos editais da Lei Paulo Gustavo da Prefeitura Municipal de Nhamundá. Mas que tem, como destacam os autores, "ele próprio, uma história.

Redação
Por: Redação
25/01/2025 às 12h27
Hixkaryana: história e cultura indígena em Nhamundá.

Será lançado em Nhamundá, no dia 26 de janeiro, próximo domingo, o livro Hixkaryana: história e cultura indígena em Nhamundá. Trata-se, na realidade, de um catálogo, impresso com os recursos dos editais da Lei Paulo Gustavo da Prefeitura Municipal de Nhamundá. Mas que tem, como destacam os autores, "ele próprio, uma história. É fruto do trabalho de inventário fotográfico e da pesquisa que embasou a exposição 'Hixkaryana: história e cultura indígena em Nhamunda', realizada em junho de 2022. Àquela altura, o projeto foi financiado com recursos do edital Amazonas Criativo do Governo do Estado do Amazonas, destacam o professor da Universidade do Estado do Amazonas, Diego Omar, e seu aluno do curso de História, Lucas Gaspar. "Isso tinha para nós um significado duplamente especial, pois tratava-se da Lei Aldir Blanc dando seus frutos no interior do Amazônia e de um passo adiante na efetivação de outra lei, anterior e muito significativa, a 11.645/2008, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino da história indígena nas escolas de Ensino Básico em todo o Brasil", acrescentam.
Tudo foi feito para realçar os laços existentes entre esse povo e a cidade de Nhamundá. Um lugar, aos poucos, concebido também como seu, na medida em que foi crescendo a interação entre os indígenas e as populações e dinâmicas urbanas. "O desafio era falar a partir e através de imagens que dessem conta de retratar, em alguma medida, a rica história dos Hixkaryana, que passa tanto pela ocupação do território onde hoje se encontram quanto pelas intensas trocas culturais que se estabeleceram com outros povos vizinhos. Juntos, eles formam, hoje, uma grande nação, falante da mesma língua e com traços identitários comuns. Uma trajetória de resistência ao avanço da colonização e de reinvenção das identidades". Depois, a exposição, concebida a partir da fotografias de Michel Amazonas, ganhou novo sentido e o livro aprofunda aquilo que já estava na mostra: a ideia de que é preciso "estreitar laços e reafirmar que muitos dos saberes ancestrais, entranhados na vida dos caboclos da terra, têm origem indígena – o que deve ser para nós um grande orgulho". Por isso, além das imagens, o livro traz textos que ajudam a compreender vários elementos da trajetória desse povo. "Também apostamos na ideia de que é preciso educar as novas gerações para reconhecer na diversidade étnica e cultural um traço marcante de nossa formação social e cultural. Algo que começa nas salas de aula, mas que deve chegar a outros espaços da sociedade, como forma de combater os preconceitos e estereótipos" reforçam os autores. O livro será comercializado no lançamento, mas também está disponível para download gratuito no repositório digital da UEA.

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