Da Redação – CNA7
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Parintins (AM) – O nome do novo bispo da Diocese de Parintins foi anunciado na manhã desta quarta-feira, 21, pelo Papa Francisco. Trata-se do bispo auxiliar de Manaus, dom José Albuquerque de Araújo Dom José Albuquerque é membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB desde 2019.

A informação já era esperada por Dom Giuliano Frigenni que em entrevista concedida ao PORTAL CNA7 aguardava a nomeação até o natal, após uma pesquisa dirigida pelo Nuncio Apostólico da Santa Sé no Brasil, Giambattista Diquattro. A pesquisa teve a contribuição do próprio pastor da igreja católica na região. “O Papa encarregou o núncio de fazer essa pesquisa e cada padre, bispo indicou o nome de quem deveria continuar a presença da igreja católica na região como bispo nomeado”, explicou Frigenni.

“Eu acredito que antes do natal, antes do domingo acho que o papa vai nomear”, assegurou. A nomeação aconteceu hoje.  

Dom Giuliano tem realizado reuniões que fazem parte do processo de transição e preparação para entregar a direção da igreja católica no baixo amazonas a dom José Albuquerque. O novo bispo deverá chegar em Parintins somente no início do mês de fevereiro. “Até lá irei conduzir pra frente ainda esses últimos 40 ou 50 dias”, revela.

Dom José Albuquerque

Natural de Manaus (AM), dom José Albuquerque tem atualmente 54 anos. Cursou Filosofia (1989 a 1991) e Teologia (1992 a 1995) no Centro Universitário do Comportamento Humano (CENESCH), em Manaus.  Tem pós-graduação em Gestão Educacional e mestrado em Teologia Dogmática com especialização em Liturgia.

Foi ordenado presbítero em 04 de agosto de 1996, por dom Luiz Soares,  e nomeado bispo auxiliar pelo Papa Francisco em 19 de junho de 2016.

Em sua atuação pastoral, dom José já exerceu as funções de diretor do Centro Vocacional Divino Mestre, Manaus, em 1995; professor no Departamento de Teologia no Centro Universitário do Comportamento Humano, em Manaus, de 1998 a 2016;  professor convidado do Instituto de Pastoral Regional, de Belém, de 2004 a 2008 e  diretor de Estudos do Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia, de 2006 a 2010. Também foi vice-reitor do Seminário São José, de 1998 a 2010 e reitor do Seminário São José, de 2014 a 2016. 

Como pároco atuou em diversas localidades de Manaus, tais quais: a Paróquia Santa Luzia; a Paróquia do Imaculado Coração de Maria; Paróquia São Lázaro; Paróquia SãoFrancisco Assis; Catedral Metropolitana de Manaus; Área Missionária Sagrada Família. Como vigário atuou na Área Missionária Santa Maria Goretti, Jorge Teixeira e Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida. 

Outras funções também foram exercidas por dom José Albuquerque: assessor da Pastoral Vocacional arquidiocesana, de 1998 a 2007; assessor da Pastoral Vocacional no regional Norte 1, de 1998 a 2016; Conselheiro das Equipes de Nossa Senhora desde 2000;  membro da Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra, de 2005 a 2008; Conselheiro da Fundação Rio Mar desde 2013;  diretor espiritual do Movimento Serra de 2014 a 2016; delegado do Sínodo para a Amazônia, no Vaticano, em outubro de 2019.

Atualmente, dom José é bispo referencial – no regional norte 1 da CNBB – das pastorais Vocacional, Presbiteral e Criança; diáconos permanentes, bispos eméritos.

Bispo Brasileiro

Dom Giuliano Frigenni é o quarto bispo de uma sequência do episcopado do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME) com sede na Itália. O primeiro bispo foi Dom Arcangelo Cerqua, seguido de Dom João Rizatti e dom Gino Malvestio. Por isso ele apostava num bispo brasileiro.

O novo bispo não vem do clero diocesano, mas quem assume o cargo atua na capital do estado do Amazonas, é Natural de Manaus e assumirá o cargo mais importante da igreja católica da região com atuação nos municípios de Parintins, Nhamundá, Boa Vista do Ramos, Barreirinha e Maués. Dom Giuliano lembra que no sínodo sobre a Amazônia há dois anos o sucessor de São Pedro já destacava a importâncias de se nomear sacerdotes locais. “O Papa Francisco quer que a Amazônia tenha padres e bispos do local. Espero ser o último bispo do Pime, porque o nosso carisma é fazer crescer a igreja local”, concluiu a entrevista concedida na segunda-feira, 19 de dezembro.

Dom Giuliano Frigeni deverá ficar na  transição até fevereiro.

Dom Giuliano Frigeni

Dom Giuliano Frigeni é natural de Bérgamo, na Itália. É formado em Filosofia (1971) e Teologia (1975).

Exerceu as funções de pároco em Manaus (AM); reitor no Seminário Teológico do PIME (1986 a 1988), em Florianópolis (SC). Foi responsável pela dimensão Ecumenismo no regional Norte 1 da CNBB; e pela Pastoral da Juventude.

Esteve à frente da diocese de Parintins desde 25 de março de 1999, após ser nomeado pelo Papa João Paulo II. Foi sagrado bispo no dia 19 de março de 1999, por dom Alfio Rapisarda. Sucedeu ao bispo dom Gino Malvestio.

Dom Giuliano escolheu como lema para a caminhada episcopal a citação “TAM PATER NEMO”, que quer dizer “Ninguém é tão Pai”.

Saudação e agradecimento

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota de saudação ao novo bispo de Parintins (AM), dom José Albuquerque, e um texto de agradecimento ao dom Giuliano Frigeni, agora emérito.

Saudação a dom José Albuquerque

Estimado dom José Albuquerque,

Recebemos com muita alegria, em pleno Ano Vocacional, a notícia de sua nomeação, feita pelo Papa Francisco, como bispo de Parintins (AM). Estamos certos de que sua “vocação, graça e missão” serão essenciais ao longo dessa nova caminhada. 

O Papa Francisco, em uma de suas orações no Angelus, nos recordou uma vez que, com Jesus, há sempre uma oportunidade de recomeçar. Por isso, gostaríamos de encorajar-lhe em seu novo recomeço, agora como bispo diocesano. 

Assim como lembra-nos Jesus – se perseverarmos – nada temos a temer, até das vicissitudes tristes e difíceis da vida, nem sequer do mal que vemos à nossa volta, pois continuamos enraizados no bem.

Que Nossa Senhora, serva do Senhor perseverante na oração (cf. At 1, 12), fortaleça a nossa constância.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB 

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB 

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

 Agradecimento a dom Giuliano Frigeni

Estimado dom Giuliano,

A presidência da CNBB tomou conhecimento, nesta quarta-feira, 21 de dezembro, da decisão do Papa Francisco em acolher o seu pedido de renúncia, de acordo com o cânon 401§1º do Código de Direito Canônico.

Gostaríamos de lhe expressar imensa gratidão por sua vida e serviço junto à Igreja particular de Parintins (AM) e por seu dedicado empenho na vida missionária, em especial na região do Amazonas.

Que a graça de Deus lhe permita continuar, na emeritude, sendo presença solidária no meio dos que mais precisam,

Com preces,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB 

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB 

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB